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domingo, 6 de novembro de 2022

 😢 Neste momento em que passa o Brasil

Conflitos degenerativos da sociedade

A crise de credibilidade, de confiança, de amor instaura o estado conflitivo da personalidade que perde o roteiro, incapaz de definir o que é correto ou não, qual a forma de comportamento mais compatível com a época e, ao mesmo tempo, favorável ao seu bem-estar, anquilosando[1] pessoas refratárias ao progresso nas ideias superadas ou produzindo grupos rebeldes fadados à destruição, que se entregam à desordem, à contracultura, buscando sempre chocar, agredir.

Os grupos opostos se afastam, se armam e se agridem.

O homem ainda não aprendeu a ser solidário quando não concorda, preferindo ser solitário, ser opositor.

Certamente, a renovação é lei da vida.

A poda faculta o ressurgimento do vegetal.

O fogo purifica os metais, permitindo-lhes a moldagem.

A argila submete-se ao oleiro.

A vida social é resultado das alterações sofridas pelo homem, seu elemento essencial.

É necessário, portanto, que se dê a transformação, a evolução dos conceitos, o engrandecimento dos valores. Para tal fim, às vezes, é preciso que ocorra a demolição das estratificações, do arcaico, do ultrapassado. Lamentavelmente, porém, nesta ação demolidora, a revolta contra o passado, pretendendo apagar os vestígios do antigo, vai-lhe até as raízes, buscando extirpá-las.

O homem e a sociedade, sem raízes não sobrevivem.

No começo, o paganismo greco-romano era uma bela doutrina, rica de símbolos e significados, caracterizando o processo psicológico da evolução histórica do homem. O abuso, mais tarde, fê-lo degenerar e a Doutrina cristã se apresentou na forma de um corretivo eficaz, oportuno. A dosagem exagerada, porém, terminou por causar danos inesperados, no largo período da noite medieval, da qual algumas religiões contemporâneas ainda padecem os efeitos negativos.

O mesmo vem acontecendo com a sociedade que, para livrar-se das teias da hipocrisia, da hediondez[2], dos preconceitos, da vilania[3], da prepotência, elaborou os códigos da liberdade, da igualdade, da fraternidade, em lutas sangrentas, ainda não considerados além das formulações teóricas e referências bombásticas, sem repercussão real no organismo das comunidades humanas em sofrimento.

As recentes reações culturais contra a autenticidade da conduta têm produzido mais males que resultados positivos.

Em nome da evolução, sucedem-se as revoluções destrutivas que não oferecem nada capaz de preencher os espaços vazios que causam.

A insatisfação do indivíduo fustiga e perturba o grupo no qual ele se localiza, sendo expulso pela reação geral ou tornando-se um câncer em processo metastático. Facilmente o pessimista e o colérico contaminam os desalentos, passando-lhes o morbo[4] do desânimo ou o fogo da irritação, a prejuízo geral.

Armam-se querelas desnecessárias, altera-se a filosofia dos partidos existentes, que se transferem para a agressividade, as acusações descabidas, sem trabalho à vista para a retificação dos erros, a reabilitação moral dos caídos, para o bem-estar coletivo.

Cada pequeno grupo dentro do grupo maior, sem consenso, busca atrapalhar a ação do adversário, mesmo quando benéfica, porque deseja demonstrar-lhe a falência, movido pelos interesses personalistas, em detrimento do processo de estabilidade e crescimento de todos.

O personalismo se agiganta, as paixões servis se revelam, o idealismo cede lugar à vileza moral.

A predominância do egoísmo em a natureza humana faz-se responsável pelo caos em volta, no qual os conflitos degenerativos da sociedade campeiam.

Surgem as plataformas frágeis em favor do grupo desde que sob o comando e a alternativa única do ególatra[5], que alicia outros semelhantes, que se lhe acercam, igualmente ansiosos por sucessos que não merecem, mas que pleiteiam. Inseguros, incapazes de competir a céu aberto, honestamente, aguardam na furna[6] da própria pequenez, por motivos verdadeiros ou não, para incendiarem o campo de ação alheia, longe dos objetivos nobres, porém reflexos dos seus estados íntimos conflituosos.

Não se tornam adversários leais, porque a inveja, antes, os fizera inimigos ocultos que aguardavam ensejo para desvelarem-se.

Face às distonias[7] pessoais de que são portadores, decantam a necessidade do progresso da sociedade e bloqueiam-no com a astúcia, a desarticulação de programas eficientes, antes de testados, atacando-os vilmente[8] e aos seus portadores, a quem ferem pessoalmente, pela total impossibilidade de permanecerem no campo ideológico, já que não possuem idealismo.

Estimulam a dissensão[9], porque os seus conflitos não os auxiliam a cooperar, entretanto, os motivam a competir. Não podem trabalhar a favor, porque os seus estímulos somente funcionam quando se opõem.

Em razão da insegurança pessoal desconfiam dos sentimentos alheios e provocam distúrbios que se originam em suspeitas injustificáveis, a soldo do prazer mórbido que os assinala.

O conflito íntimo é matriz cancerígena no organismo humano em constante ameaça ao grupo social.

Cabe ao homem em conflito revestir-se de coragem, resolvendo-se pelo trabalho de identificação das possibilidades que dispõe, ora soterradas nos porões da personalidade assustada.

Sentindo-se incapaz de enfrentar-se, a busca de alguém capacitado a apontar-lhe o rumo e ajudá-lo a percorrê-lo é tão urgente quão indispensável. Inúmeras terapias estão ao seu alcance, entre os técnicos da área especializada, assim como as da Psicologia Transpessoal apresentando-lhe a intercorrência de fatores paranormais e da Psicologia Espírita, aclarando-o com as luzes defluentes dos fenômenos obsessivos geradores dos problemas degenerativos no indivíduo e na sociedade.

O conglomerado social, por sua vez, tem o dever de auxiliar o homem em conflito, de ajudá-lo a administrar as suas fobias, ansiedades, traumas, e mesmo o de socorrê-lo nas expressões avançadas quando padecendo psicopatologias diversas, em ética de sobrevivência do grupo, pois que, do contrário, através do alijamento de cada membro, quando vier a ocorrência se desarticulará o mecanismo de sustentação da grei[10].

A sociedade deve responder pelos elementos que a constituem, pelos conflitos que produz, assim como assume as glórias e conquistas dos felizardos que a compõem.

Os conflitos degenerativos da sociedade tendem a desaparecer, especialmente quando o homem, em se encontrando consigo mesmo, harmonize o seu cosmo individual (micro), colaborando para o equilíbrio do universo social (macro), no qual se movimenta.

 

Fonte: O Homem Integral – Joanna de Ângelis



[1] Anquilosar - Diminuição ou impossibilidade absoluta de movimentos em uma articulação naturalmente móvel

[2] Hediondez - Depravado, vicioso, sórdido, imundo

[3] Vilania - Mesquinhez, avareza.; Ato vil; vileza

[4] Morbo - Estado patológico; doença

[5] Ególatra - Pessoa que tem o culto de si mesma, que pratica a egolatria:

[6] Furna – Subterrâneo; Caverna ou gruta, ger. formada de blocos de pedra

[7] Distonia - Perturbação funcional que afeta, ger., o aparelho circulatório, ou o digestivo, ou ambos, e em cuja gênese é significativo um fator psicológico; Distúrbio de tonicidade muscular

[8] VilmenteVil - Mesquinho, miserável, insignificante; Pessoa desprezível, infame

[9] Dissensão - Divergência de opiniões ou de interesses; Desavença, desinteligência, dissidência

[10] Grei - Rebanho de gado miúdo; Sociedade; partido; O conjunto dos paroquianos ou diocesanos; congregação


 

😢Insegurança e crises 

                                           😢😢neste momento em que passa o Brasil

Esboroam-se[1], sob os camartelos[2] das revoluções hodiernas[3], os edifícios da tradição ultramontana[4], cedendo lugar às apressadas construções do desequilíbrio, sem memória ancestral[5], sem alicerce cultural.

Ruem, diante dos abalos da ciência tecnológica, o empirismo passadista e as obras da arbitrária dominação totalitária, substituídos pelo alucinar das novas maquinações de aventureiros desalmados, perseguindo suas ambições imediatistas a prejuízo da sociedade, do indivíduo.

A política desgovernada exibe os seus corifeus[6], que se fazem triunfadores de um dia, logo passando ao anonimato, repletos de gozos e valores perecíveis, a intoxicar-se nos vapores dos vícios e das perversões em que falecem os últimos ideais que ainda possuíam.

Os direitos humanos decantados em toda parte sofrem o vilipêndio daqueles que os deveriam defender, em razão do desrespeito que apresentam diante das leis por eles mesmos elaboradas, em desprezo flagrante às Instituições que se comprometeram socorrer, por descrédito de si próprios.

A anarquia substitui a ordem e as transformações sociais apressadas não têm tempo de ser assimiladas, porque substituídas pelos modismos que se multiplicam em velocidade ciclópica[7].

Velhos dogmas, nascidos e cultivados no caldo da ignorância, são esquecidos e nascem as idéias liberais revolucionárias, que instigam o homem fraco contra o seu irmão mais forte gerando ódios, quando deveriam amansar o lobo ameaçador, a fim de que, pacificado, pudesse beber na mesma fonte com o cordeiro sedento, que lhe receberia proteção dignificadora.

As circunstâncias externas do inter-relacionamento das criaturas, fenômeno conseqüente ao desequilíbrio do indivíduo, engendram no contexto hodierno a insegurança, que fomenta as crises.

Sucedem-se, desse modo, as crises de autoridade, de respeito, de honradez, de valores ético-morais, e a desumanização da criatura assoma nos painéis do comportamento, insensibilizando-a pelo amolentamento[8] emocional ou exacerbação, na volúpia do prazer e da violência conduzidos pelas ambições desmedidas.

As crises respondem pela desconfiança das pessoas, umas em relação às outras, pelo rearmamento belicoso de uns indivíduos contra os outros, pela agressividade automática e atrevida.

A queda do respeito que todos se devem, respeito este sem castração nem temor, estimula a indisciplina que começa na educação das gerações novas, relegadas a plano secundário, em que se cuidam de oferecer coisas, em mecanismos sórdidos de chantagem emocional, evitando-se dar amor, presença, companheirismo e orientação saudável.

A crise de autoridade responde pela corrupção em todas as áreas, sob a cobertura daqueles que deveriam zelar pelos bens públicos e administrá-los em favor da comunidade, pois que, para tal se candidataram aos postos de comando, sendo remunerados pelos contribuintes para este fim.

Como efeito, os maus exemplos favorecem a desonestidade, discreta e pública, dos membros esfacelados do organismo social enfermo, preparando os bolsões de miséria econômica, moral, com todos os ingredientes para a rebelião criminosa, o assalto a mão armada, o apropriamento indébito dos bens alheios, a insegurança geral. O que se nega em compromisso de direito, é tomado em mancomunação da força com o ódio.

Mesmo os valores espirituais do homem se apresentam em crise de pastores, e amigos, capazes de exercerem o ministério da fé religiosa com serenidade, sem separativismo, com amor, sem discórdia na grei, com fraternidade, sem disputas da primazia, sem estrelismo.

Nas várias escolas de fé espocam a rebelião, as disputas lamentáveis, a maledicência ácida ou o distanciamento formando quistos perigosos no corpo comunitário.

O homem apresenta-se doente, e a sociedade, que lhe é o corpo grupal, encontra-se desestruturada em padecimento total.

As crises gerais, que procedem da insegurança individual, são, por sua vez, responsáveis por mais altas e expressivas somas de desconforto, insatisfação, instabilidade emocional do homem, formando um círculo vicioso que se repete, sem aparente possibilidade de arrebentar as cadeias fortes que o constituem.

Vitimado por sucessivos choques desde o momento do parto, quando o ser é expulso do claustro materno, onde se encontrava em segurança, este enfrenta, desequipado, inumeráveis desafios que não logra superar. Chegando à idade adulta, ei-lo receoso, desestruturado para enfrentar a maquinaria insensível dos dias contemporâneos, em que a eletrônica e a robótica são conduzidas, porém, avançam, tomando o controle da situação e, lentamente, reduzindo-o a observador das respostas e imposições digitadas, apertando ou desligando controles e submetendo-se aos resultados preestabelecidos, sem emoção, sem participação pessoal nos dados recolhidos.

Noutras circunstâncias, ou em estado fetal, experimenta os choques geradores de insegurança, no comportamento da gestante revoltada diante da maternidade não desejada e até mesmo odiada.

O jogo de reações nervosas, as vibrações deletérias da revolta contra o ser em formação, atingem-lhe os delicados mecanismos psíquicos, desarmonizando os núcleos geradores do futuro equilíbrio, sob as chuvas de raios destruidores, que os afetam irreversivelmente.

O que o amor poderia realizar posteriormente e a educação lograr em forma de psicoterapia, ficam, à margem, sob os cuidados de pessoas remuneradas, sem envolvimento emocional ou interesse pessoal, produzindo marcas profundas de abandono e solidão, que ressurgirão como traumas danosos no desenvolvimento da personalidade.

A par dos fatores sócio mesológicos[9], outras razões são preponderantes na área do comportamento inseguro, que são aquelas que procedem das reencarnações anteriores, malogradas ou assinaladas pelos golpes violentos que foram aplicados pelo Espírito em desconcerto moral, ou que os padeceu nas rudes pugnas existenciais.

Assinalando com rigor a manifestação da afetividade tranquila ou desconfiada, aquelas impressões são arquivadas no inconsciente profundo, graças aos mecanismos sutis do perispírito. O homem é um ser inacabado, que a atual existência deverá colaborar para o aperfeiçoamento a que se encontra destinado. Faltando-lhe os recursos favoráveis ao ajustamento, torna-se uma peça mal colocada ou inadaptada na complexidade da vida social, somando à sua a insegurança dos outros membros, assim favorecendo as crises individuais e coletivas.

Por desinformação ou fruto de um contexto imediatista consumista, elaborou-se a tese de que a segurança pessoal é o resultado do ter, que se manifesta pelo poder e recebe a resposta na forma de parecer. Todos os mecanismos responsáveis pelo homem e sua sobrevivência se estribam nessas propostas falsas, formando uma sociedade de forma, sem profundidade, de apresentação, sem estrutura psicológica nem equilíbrio moral.

Trabalhando somente no exterior, relega-se, a plano secundário ou a nenhum, o sentido ético do ser humano, da sua realidade intrínseca, das suas possibilidades futuras, jacentes nele mesmo.

O homem deve ser educado para conviver consigo próprio, com a sua solidão, com os seus momentâneos limites e ansiedades, administrando-os em proveito pessoal, de modo a poder compartir emoções e reparti-las, distribuir conquistas, ceder espaços, quando convidado à participação em outras vidas, ou pessoas outras vierem envolver-se na sua área emocional.

Desacostumado à convivência psíquica consciente com os seus problemas, mascara-se com as fantasias da aparência e da posse, fracassando nos momentos em que se deve enfrentar, refletido em outrem que o observa com os mesmos conflitos e inseguranças. As uniões fraternais então se desarticulam, as afetivas se convertem em guerras surdas, o matrimônio naufraga, o relacionamento social sucumbe disfarçado nos encontros da balbúrdia, da extravagância, dos exageros alcoólicos, tóxicos, orgíacos, em mecanismos de fuga da realidade de cada um.

A educação, a psicoterapia, a metodologia da convivência humana devem estruturar-se em uma consciência de ser, antes de ter; de ser, ao invés de poder, de ser, embora sem a preocupação de parecer

Os valores externos são incapazes de resolver as crises internas, aliás, não poucas vezes, desencadeando-as.

O que o homem é, suas realizações íntimas, sua capacidade de compreender-se, às pessoas e ao mundo, sua riqueza emocional e idealística, estruturam-no para os embates, que fazem parte do seu modus vivendi e operandi, neste processo incessante de crescimento e cristificação.

A coragem para os enfrentamentos, sem violência ou recuos, capacita-o para os logros transformadores do ambiente social, que deslocará para o passado a ocorrência das crises de comportamento, iniciando-se a era de construção ideal e de reconstrução ética, jamais vivida antes na sua legitimidade.

Os conceitos do poder e da força estão presentes na sistemática governança dos povos.

Sempre os militares governaram mais do que os filosóficos, e o poder sempre esteve por mais tempo nas mãos dos violentos do que na sabedoria dos pacíficos, gerando as guerras exteriores, porque os seus apaniguados viviam em constantes guerras íntimas, inseguros, aguardando a traição dos fracos que, bajuladores, os rodeavam, e a audácia dos mais fortes, que lhes ambicionavam o poderio, terminando, quase todos, vítimas das suas nefastas urdiduras.

A segurança íntima conseguida mediante o autodescobrimento, a humanização e a finalidade nobre que se deve imprimir à vida são fatores decisivos para a eliminação das crises, porquanto, afinal, a descrença que campeia e o desconcerto que se generaliza são defluentes do homem moderno que se encontra em crise momentânea, vitimado pela insegurança que o aturde.

Fonte: O Homem Integral - Joanna de Ângelis


[1] Esboroar - Reduzir a pó; desfazer; esterroar; Reduzir-se a pó

[2] Camartelo - Tudo aquilo que serve para demolir.; Martelo de canteiro ou de pedreiro que se emprega para desbastar pedras, quebrar e assentar tijolos, etc.

[3] Hodierno - Relativo aos dias de hoje; atual.

[4] Ultramontanismo - Sistema dos que defendem a autoridade absoluta do Papa em matéria de fé e disciplina

[5] Ancestral - Relativo ou pertencente a antecessores, a antepassados

[6] Corifeu - Chefe, diretor, caudilho.

[7] Ciclópica - Extraordinário, colossal, gigantesco

[8] Amolentar - Perder a força, a energia; amolecer.

[9] Mesológicos -  ecológicos

sábado, 30 de abril de 2022



 😎😎😎😎

Não tenho pressa, o Sol e a Lua estão certos.

Ter pressa é crer que a gente passa adiante das perna,

Ou, que dando um pulo, salta por cima da sombra.

Não, não sei ter pressa.

Se estendo o braço, chego exatamente onde meu braço chega - nem um centímetro mais longe.

Toco só onde toco, não aonde penso.

Só posso sentar aonde estou.

E isto faz rir como todas as verdades absolutamente verdadeiras,

Mas o que faz rir a valer é que nós pensamos sempre noutra coisa,

E vivemos vadios da nossa realidade,

E estamos sempre fora dela porque estamos sempre aqui.

                                                                                                                                          (Fernando Pessoa)

domingo, 18 de junho de 2017

Aniversário (ou desabafo de um sessentão)

↭↭↭↭↭↭↭

Neste mundo de internet
De Cltr C e Cltr V,
De olá com emoji pelo WhatsApp,
E de fotos pelo Facebook, Instagram,
Sinto falta do abraço
Daquele bem apertado,
E do beijo lascado de bom!
No dia de aniversário,
E do Santo Antonio casamenteiro,
Ainda bem que sou bem casado,
Onde estão os balões,
Bombinhas, traques e rojões,
Que a gente soltava no quintal?
Onde estão os primos, primas e a meninada da vizinhança,
O doce de caju e de castanha,
O bolo com velinhas coloridas?
Parece que tudo sofreu foi um Delete,
Por causa da internet.
E agora só resta emoji felicidades
Dado pelo danado dos comandos Cltr C e Crtl V.

Observação: acho que o texto merece explicação,
Não é poema, poesia, não tem rima e acentuação,
A gramática ficou na lixeira pois dizem o que vale é a intenção.
O chato é que está chovendo,

Atrapalhou a comemoração.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

CONDIÇÃO E EFICÁCIA DA PRECE


Se eu quiser falar com Deus tenho que ficar a sós. (Gilberto Gil)

Hoje falaremos sobre a prece, suas condições e eficácia. Encontramos no Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo 27, Pedi e Obtereis, itens de 1 a 8, a base para a nossa discussão.

O que é a prece? Existem maneiras de orar? A prece tem eficácia?
A prece é um pedido, uma solicitação, uma súplica, segundo o dicionário. Para nós espíritas ela é uma invocação por meio da qual, pelo pensamento, entramos em comunicação com o ser a quem nos dirigimos. A prece pode ter por finalidade um pedido, um agradecimento ou uma glorificação. Podemos pedir por nós mesmos ou pelos outros, pelos vivos ou pelos mortos.

Jesus ao se referir ao modo de orar fala o seguinte no Evangelho:
Quando for orar, não seja parecido com os hipócritas, que, afetadamente, oram para serem vistos pelos homens. Mas, sim, ore em segredo que seu Pai em segredo, que vê o que se passa em segredo, lhe dará a recompensa.
Não procure de pedir muito nas suas preces, imaginando que pela multiplicidade das palavras é que será atendido. Porque nosso Pai sabe do que é que você tem necessidade, antes que você o peça”. (Mateus, 6:5 a 8.)
Quando for orar, se tiver qualquer coisa contra alguém, perdoe, a fim de que seu Pai, que está nos céus, também te perdoe os teus pecados. Mas, se não perdoar, teu Pai, que está nos céus, também não te perdoará os pecados”. (Marcos, 11:25 e 26.)
“Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro publicano. O fariseu, ficando de pé, orava assim, consigo mesmo: “Meu Deus, rendo-vos graças por não ser como os outros homens, que são ladrões, injustos e adúlteros, nem mesmo como esse publicano. Jejuo duas vezes na semana; dou o dízimo de tudo o que possuo. O publicano, ao contrário, conservando-se afastado, não ousava, sequer, erguer os olhos ao céu; mas batia no peito, dizendo: “Meu Deus, tem piedade de mim, que sou um pecador. Digo que este voltou para a sua casa desculpado, e o outro não; porquanto, aquele que se eleva será rebaixado e aquele que se humilha será elevado.” (Lucas, 18:9 a 14.)
Como se vê, Jesus deu os critérios a ser observada ao se fazer uma prece:
·        Não se colocar em evidência, antes, orar em segredo, isto é em recolhimento interior.

Um compositor popular colocou nos seus versos “Se eu quiser falar com Deus tenho que ficar a sós, tenho que apagar a luz, tenho que calar a voz, tenho que encontrar a paz”. (Gilberto Gil)

·        Não é a quantidade de palavras e repetição que fazem a prece ser escutada, mas pela sinceridade delas.

Tem aquela história do preto velho, caboclo humilde, sem instrução, que toda manhã ao se encaminhar para a roça, onde o trabalho lhe esperava, retirava o chapéu de palha da cabeça grisalha e dizia olhando para o alto “Pai, preto velho tá aqui”.

·        Antes de orar, se tiver qualquer coisa contra alguém, perdoa, visto que a prece não pode ser agradável a Deus, se não parte de um coração purificado de todo sentimento contrário à caridade.

Em outra passagem do Evangelho Jesus recomenda que precisamos nos reconciliar com os nossos adversários enquanto estamos caminhando juntos nesta vida.

·        Ore com humildade e não com orgulho. Examine os seus defeitos, não as suas qualidades e, se fizer comparação com os outros, procure o que há de mau em você.

Logo, não preciso me preocupar como devo orar se em pé ou ajoelhado, com as mãos para o alto ou fechadas, com o olho fechado, com a cabeça abaixada, com muitas palavras ou repetições. O que precisamos é fazer a prece com o coração, com humildade, cientes que aquilo que almejamos vai depender do nosso mérito.

Eficácia da prece
Seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis e concedido vos será o que pedirdes. (Marcos, 11:24.)
Muitos questionam sobre a eficácia da prece desconhecendo o poder magnético da mesma. Pesquisas realizadas por diversos autores mostraram que pacientes envolvidos por preces ou que oravam apresentavam um quadro clínico de melhora ou estabilidade, ficavam mais receptivos, tranqüilos.
Isto não significa que basta fazer uma prece para resolver um problema, curar uma doença. Não, o resultado está sujeito, alem de a prece ser feita com fé, também do merecimento da pessoa, pois nada acontece neste mundo que não seja pela vontade do Pai. No fundo, o Pau sabe daquilo que necessitamos e não do que achamos que queremos. O não atendimento de uma solicitação pode ser apenas um meio de nos por à prova, ou quem sabe evitar que possamos nos prejudicar mais adiante. O que precisamos ter em mente é que a coragem, a paciência, a persistência e a resignação são fatores que serão considerados por Deus, como está na máxima “Ajuda-te que o céu te ajudará”.
Finalizando, a prece tem o poder de nos auxiliar a passar pelas privações, dando-nos a energia necessária, o equilíbrio, o reconforto. Não precisa de palavras rebuscadas, de local apropriado, de rituais, hora determinada. O que é necessário é que ela seja feita com humildade, dizendo aquilo que vem do coração, com fé.

Alias, ao iniciarmos qualquer atividade, bem como ao finalizá-la, é recomendável que façamos uma prece, solicitando ajuda na realização e agradecendo pelo resultado obtido, assim como agradecer pelo nosso dia, tanto ao acordar como ao se deitar.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Há bens infinitamente mais preciosos

"Quanto menos apreço damos a uma coisa, somos menos sensíveis à sua perda. O homem que se apega aos bens terrenos é como uma criança que só vê o momento presente." (Lacordaire)

"Facilidades materiais costumam estagnar-nos a mente, quando não sabemos vencer os perigos das vantagens terrestres." (Emannuel)